quarta-feira, 26 de julho de 2017

RESENHA: MAUS, DE ARTIE SPIEGERLMAN, POR CAMILLY MIRANDA


      
Resenhista Camily Miranda (9º A manhã)


       O livro “Maus”, escrito por Artie Spiegelman, conta a história de seu pai, Vladek Spiegelman, um sobrevivente do Holocausto. Vladek foi um Judeu polonês que foi perseguido, maltratado, aprisionado, separado de sua esposa e filho... A HQ mostra detalhadamente a história sendo contada pelo próprio Vladek a seu filho Artie.

      Vladek morava em Czestochowa, trabalhava com compra e venda de tecidos e ganhava o necessário para viver. Sua família morava em sosnowiec e às vezes ia visita-los. E, em uma dessas visitas, sua prima lhe apresentou uma colega, Anja Zylberberg, com quem se casou algum tempo depois (isso era por volta de 1935 à 1936).


      Então, em 1937 Vladek se casou com Anja e assim mudou-se para Sosnowiec. Anja era inteligente e vinha de uma família rica. O sogro de Vladek o ajudou a abrir uma fábrica de tecidos. E, em Outubro do mesmo ano tiveram o primeiro filho, Richieu. 



      Depois do parto, Anja entrou em depressão, então Vladek internou-a em um sanatório na Tchecoslováquia, mas em três meses ela estaria curada. Quando eles estavam indo para o sanatório de trem, viram, pela primeira vez, a bandeira Nazista. Estava exposta bem no centro de uma cidadezinha onde passavam. 

      Era 1938, já haviam histórias de cidades expulsando judeus, ou de judeus que foram espancados sem razão. Nessa época os nazistas já tinham tomado o poder na Alemanha, estavam “moldando” o jeito de pensar dos Alemães, inserindo uma nova crença, e os alemães estavam apoiando essa crença. 
      As pessoas desconfiavam que uma guerra poderia começar. Então, em 1939 Vladek foi convocado para lutar no exército polonês. O que só confirmou as suspeitas de todos.

      Deixando sua esposa e filho com os seus sogros, foi lutar contra os alemães na fronteira com a Alemanha. Porém, quando estava combatendo o exército inimigo algo deu errado. Vladek e muitos outros viraram prisioneiros de guerra. Depois de alguns meses, ele conseguiu fugir e voltar para a família em sosnowiec, com a ajuda de um amido em Lublin (perto de onde ele estava preso), chamado Orbach. Quando encontrou com sua esposa , Anja, e Richieu, que já estava com dois anos e meio, sentiu como se não tivesse mudado quase nada, porque ainda tinham a mesma vida de luxo.

      No final de 1941 veio uma nova ordem dos alemães dizendo que todos os judeus de sosnowiec deveriam ir para um lugar específico em sosnowiec (stara sosnowiec). Ainda não era um gueto, mas estava perto de virar um.

      Em 1942 foi anunciado um aviso dizendo que todos os idosos com mais de 70 anos seriam transferidos para uma cidade na Tchecoslováquia. Levaram os avós de Anja.


       Só em 1943, que os judeus de sosnowiec foram transferidos para Srodula (um vilarejo perto de Sosnowiec). Um gueto. E todos os dia os judeus marchavam uma hora e meia do gueto, em Srodula, para sosnowiec, para trabalhar. Trabalhavam em lojas ou fábricas Alemãs.

      O chefe do gueto de Zawiercie, Percis, era um bom judeu e tinha alguma influência sobre os alemães. Então ofereceu levar as crianças menores, para ficarem seguras. Para tentar salvar Richieu, mandaram ele para o gueto de Zawiercie com Tosha, a irmã mais velha de Anja, e o marido Wolfe, com a filhinha Bibi e a filha do tio Herman, Lonia. Isso em 1943. Porém, alguns meses despois, o conselho que mandava no gueto de Zawiercie foi substituído. Tosha não queria que as crianças fossem levadas para Auschwitz então usou um veneno que carregava no pescoço, matou as três crianças e se matou.




      Em 1944 Anja e Vladek foram pegos numa tentativa de fuga de sair da Polônia para a Hungria, mas as pessoas que combinaram de ajuda-los, entregaram Vladek e Anja para a Gestapo, policia secreta alemã nazista. Foram presos no trem e levados para uma prisão em Bielsko, lugar onde Vladek tinha uma fábrica de tecidos que foi tomada logo no inicio da guerra. De Bielsko foram mandados para Auschwitz na cidade de Oswiecin. Onde foram separados, homens para um lado e mulheres para o outro.

      Em Auschwitz, cada prisioneiro recebe um número de identificação. E a única forma de sair de lá era pela “chaminé”. Quando chegou lá, Vladek já não tinha esperanças, porém conheceu um homem que com poucas palavras deu um pouco de esperanças a ele. Os prisioneiros de Auschwitz recebiam umuniforme e um par de sapatos ( que nem sempre cabiam neles e os sapatos eram de madeira).





     Eu achei esse relato bem detalhado, ele conta tudo que viu e ouviu naquela época. E as ilustrações nos ajudam a imaginar essas situações de forma mais intensa. A história nos mostra ele lembrando dos acontecimentos. E ele disse várias vezes que tentou enterrar isso e deixar no passado, várias e várias vezes. Queimou até as fotos e os diários de Anja, mas não adiantou, porque “desenterrou” tudo quando Artie pediu para ele contar.

       E outra coisa interessante na ilustração é que ela também nos passa uma mensagem. De como era a realidade deles naquela época. “De ratos sendo perseguidos por gatos”.







      Eu parei de contar a história por aqui, para não estragar as surpresas de quem vai ler. Ainda vai acontecer muita coisa pela frente. Como, por exemplo, como será em Auschwitz? Ou como ele conseguiu sobreviver a Auschwitz? E Anja, para onde foi levada? Será que está viva? Ele vai reencontrá-la novamente? Quando? 




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